Vitrine da Costa


A copa é na nossa casa sim, mas uma casa comumente e basicamente tem que ter além de copa, cozinha e sala de estar, e de bem estar. Na verdade possivelmente o povo dessa casa não quer somente pão e circo como ditava o dito popular. Quer pão, circo, educação, saúde, segurança, qualidade de vida, ou ao mínimo, condições de vida, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”, cantam os Titãs.

O Brasil é sede de Copa do Mundo de Futebol, um dos maiores eventos do planeta, com isso exigem-se padrões para a realização do evento, entre tantos, os estádios, ou melhor, arenas, sim o brasileiro merece assistir jogos de futebol bem acomodado como legado. Uma possível revolta não é contra os estádios, ou como citado nas mídias sociais ‘Não é contra a seleção e sim contra a corrupção’.

Quando a seleção, que deveria ter no peito a Bandeira do Brasil, entrar em campo, emenda o Rappa “Eu quero ver gol!”; e que o Neymar possa entortar os zagueiros, o Fred empurrar várias bolas para a rede, a seleção brasileira possa mostrar um futebol legitimamente brasileiro, e que possamos ser campeões legitimamente. Porém, o país quer ser campeão no vôlei, na natação, na ginástica, e também na educação, na saúde, e, nos índices de desenvolvimento humano.

Espera-se que a torcida faça a parte dela, assim como a população brasileira faça a sua, porém o povo não tem a devida assistência e o devido amparo e respaldo. Não é o caso do Brasil e do brasileiro não querer a copa, o caso é que o Brasil e o brasileiro precisa de educação, saúde, segurança, lazer, moradia, sobretudo cidadania. Aproveitar o futebol e fazer do Brasil com esse potencial ser o país do futebol realmente. O futebol como esporte nacional com aulas de futebol nas escolas, e com isso se profissionalizar e formalizar ações de transformação social através do futebol.

Educação pública de excelência, com profissionais com capacitação contínua e possibilidades de aplicação da aprendizagem. Vamos Brasil jogar esse jogo! Saúde pública saudável, viável com acesso fácil, e não padecendo em longas filas de espera. Vamos Brasil mudar esse jogo! A segurança pública que antes cantavam Os Paralamas do Sucesso ‘no beco escuro explode a violência’ agora explode nas esquinas, nas praças, nas casas, de dia, aos olhos de toda gente; e por ora está entre os vinte países mais violentos do mundo. Vamos Brasil virar esse jogo! nessa peleja manda Jorge BenJor “eu vou torcer pela paz!”.

Esse é o legado que o povo espera um país campeão de dignidade, de mobilidade, de liberdade, de sustentabilidade, de pontualidade, de vitalidade; esse é o troféu que o povo merece. Vamos Brasil ganhar esse jogo! E que na Copa do Mundo no Brasil o mundo seja campeão, também, redefinindo suas prioridades com um velho ensinamento de Gandhi “o mundo provê para todas as necessidades dos homens e não para a voracidade de todos”.



Christian Portugal Leite (Tutor na Universidade Salvador – UNIFACS, e, consultor de empresas).

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