Furacão Marta
Abu Dhabi


Mal cheguei de Abu Dhabi, onde fui conferir o fiasco protagonizado pelo Internacional frente à equipe africana do Mambembe, Muzambinho, Muzabebe, sei lá o nome daquele diacho, e fui pro Pacaembu ver a seleção feminina de futebol. Mas o que eu vi no Oriente Médio foi que o colorado amarelou, sem ser daltônico. O que valeu em minha ida à Arábia foi poder comer kebabs, kaftas, pitas e tâmaras diretamente dos fornecedores, sem precisar ir à uma bodega turca na região da 25 de março. Agora Inter, vai perder gol e jogar mal assim lá na Arábia mesmo. Lamentável, ficou fácil pra equipe italiana, mas a África pode surpreender.

No Pacaembu, na quarta-feira (15/12), para conferir à performance da seleção de Marta, Erika, Estér e Cia, que participam, ao lado de México, Holanda e Canadá, do 2° Torneio Cidade de São Paulo de futebol feminino, eu tive que parar em uma vanzinha de cachorro-quente para tomar dois Ballantines 18 anos cowboy a fim de poder enfrentar de igual para igual o forte frio que faz em dezembro na capital paulista. Lembrando que o Estádio Municipal do Pacaembu (ou Paulo Machado de Carvalho) é o campo oficial do Coringão, que não tem campo, ainda. Estamos todos rezando para Santo Itaquera para levar os gaviões para voar em outras paragens. E lembrando também que o Ballantines 18 anos é a bebida oficial da Fiel corintiana e é bebida amplamente difundida na Praça Charlles Miller (aquela praça em frente ao estádio) em dias de jogos do alvinegro no Pacaembu.

Já abastecido, sentei-me na arquibancada, após pagar os 10 reais do ingresso, uma vez que não tenho credencial nenhuma para entrar no campo, vestiário (o que não seria má idéia em um torneio feminino), coletivas de imprensa, etc. Logo, tenho que morrer com a grana mesmo e aturar aquele frio de derreter catedrais (acho que o Nelson Rodrigues escreveria ‘calor de derreter catedrais’, enfim...) e comecei a assistir ao jogo. O Canadá, uma das melhores equipe femininas do mundo, veio embalado por uma vitória de 5 gols contra a Holanda. O Brasil bateu a mesma Holanda por 3 a 2, com um gol no último minuto. Interessava ao Canadá o empate, para ir para a final contra o mesmo Brasil dependendo do empate, e a equipe saxônica (linda palavra, mas está certo?) fez uma retranca braba, daquela de ‘chute pro mato que é campeonato’, e o Brasil ali, só atacando. A Marta é um fenômeno, só assistindo ao vivo para perceber a técnica daquela mulher, impressionante, desequilibrou, mas não marcou. Portanto, o Canadá, cuja principal jogadora na partida foi a goleira Lady, arrancou o empate sem gols e foi pra final dependendo de outro empate para sagrar-se campeã. Domingo tem mais.

Por enquanto eu permaneço na capital paulista para cobrir os eventos para o recadinhos da Bebel e vou curtindo o meu exílio forçado da cidade de Porto Seguro. Quem mandou votar errado?

Mais notícias do esporte no mundo a qualquer momento em edições especiais. Mande sua sugestão, mas mande lá pro gabinete do prefeito que vai ser melhor...



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