Hoje, oficialmente, iniciam os Festejos Juninos em todo o Brasil. Isso me lembra muito da minha infância e das "Quermesses" no colégio de freiras Madre Cabrini em São Paulo. Essas lembranças me trazem alegria e saudade. Falando em festa, alegria e saudade não poderia esquecer os momentos vividos com a Vovó Amália.
Costureira de mão cheia, a Vovó tinha uma daquelas máquinas antigas e ali fazia muita coisa. Era mestra em panos de prato e aventais. Reaproveitava retalhinhos de tecidos utilizados em outras aventuras (rsrsrs)! Eu achava tudo muito lindo!
Fazia também muitas coisas para mim e tornou-se especialista em vestidos típicos de festa junina e com eles venci os prêmios de Rainha do Arraiá da escola duas vezes.
Aqui Cecilinha (minha primeira amiga), Madre Otávia que eu amava e eu num look mais simples rsrsrs que não foi a vovó quem criou. Detalhe para as botas ortopédicas hahahahaha |
Aqui eu num outro look vencedor do prêmio, com 9 anos ao lado de minha amiga Paula |
Eu queria porque queria costurar e a máquina era, obviamente, muito grande e costurava com o movimento dos pés da vovó prá lá e prá cá... Não havia motor ainda. depois ela adaptou um motor... Mas foi muito tempo depois...
Na esquina da casa da vovó tinha um "armarinho" onde ela comprava tudo o que precisava para suas costuras. Lá a senhora também encapava botões com o tecido da roupa que a gente quisesse. Eu achava aquilo o máximo!!! Uma verdadeira mágica!!!
Um belo dia apareceu lá uma maquininha de costura infantil que costurava de verdade. Pode adivinhar não é?
Sim... A vovó comprou a máquina para mim e alí fizemos muitas coisas para minha boneca Suzi , similar às Barbies de hoje em dia. E comprar cartelas de roupinhas para a boneca se tornou uma chatisse diante de COSTURAR EU MESMA as novas roupinhas.
Acho que a vovó curtia também, pois teve uma infância muito pobre, criada pelas tias, já que seus pais faleceram nos navios que trouxeram os imigrantes italianos para o Brasil, como tantos outros. Ela fêz muitos modelinhos e pijaminhas. Lembro que ela comprava flanela para fazer pigamas para a família toda. Uma vez ela fez uma camisola de flanela longa e fez também para a Suzi. E a gente dormia igual! Muito legal!
A vovó e eu! |
Literalmente "viajávamos na maionese" vestindo a boneca. São momentos lindos! Insubstituíveis e eternos!
Os quais guardo a sete chaves dentro do meus coração. Verdadeiros relíquias de amor e carinho. Emoção pura e felicidade! Saudade! Saudade! Saudade!
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