Foto: Celso Akin/AgNews
LEANDRO SOUTO MAIOR
Um mês depois da perda do filho Gabriel, de apenas 2 anos, uma das vítimas fatais de um acidente de helicóptero em Porto Seguro, na Bahia, Bruno Gouveia, cantor do Biquíni Cavadão, fez um retrato de sua dor em entrevista ao jornal O DIA.
Mesmo depois da tragédia, o músico não cancelou as apresentações agendadas, nem deixou de desabafar em seu blog. Ele conta que o encontro com os fãs, seja no palco ou recebendo mensagens pela internet, tem sido de grande ajuda para segurar as pontas.
"Sempre me considerei uma antena, como artista. Por analogia, transmito e recebo ondas de energia, e a energia dos fãs tem me completado quando a minha passou por este 'apagão'. São tantos recados que não consegui ler todos ainda, mas eles me ajudam a pisar no palco, ver que a vida continua e meu filho estará sempre do meu lado", relatou. "Resolvi dividir com as pessoas o que estou sentindo porque todos os dias, infelizmente, muitos pais e mães perdem seus filhos. Meu depoimento pode ajudá-los, ao mesmo tempo que me alivia", descreveu.
"Gosto de escrever para expressar meus sentimentos. Depois, eventualmente, eles viram letras de músicas", explicou o cantor, sobre o poema que publicou no blog do grupo. "Escrevi de supetão e consegui traduzir o que estava sentindo, já que pouco, ou quase nada, chorava. Foi uma válvula de escape e me fez bem. Continuo escrevendo, tanto para as coisas boas quanto para as ruins que me acontecem", completou.
Quando Gabriel morreu, Gouveia estava nos Estados Unidos, produzindo faixas para um novo disco do Biquíni. "Fizemos três músicas com a cantora californiana Beth Hart, para gravá-las em nosso próximo CD, que trará ainda uma parceria com Lucas Silveira, do Fresno, e outra com Rogério Flausino, do Jota Quest. E, no dia 17 de setembro, estaremos no Rio, tocando na Fundição", anunciou.
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