Funcionário fecha estação de metrô no Brooklyn, em Nova York (27/08) 
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O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, fez um apelo para que moradores deixem “imediatamente” as áreas de risco da cidade por causa do furacão Irene, que chegou neste sábado à Carolina do Norte, também na costa leste dos Estados Unidos. O furacão deve chegar à Nova York no domingo.

“Não temos como ir de porta em porta e tirar as pessoas de suas casas”, afirmou Bloomberg, em coletiva de imprensa na manhã deste sábado. “Ninguém vai ser multado ou ir para a prisão (por não cumprir a ordem de evacuação). Mas se não fizerem isso, podem morrer.”

Durante a madrugada, o Irene perdeu força e foi reduzido para a categoria 1 na escala de intensidade Saffir-Simpson, que vai até cinco. Mas especialistas alertam que o furacão ainda representa uma ameaça para os EUA. "O perigo é o mesmo", afirmou Mike Brenna, funcionário do NHG. "A questão-chave nesta tempestade é seu tamanho e duração, não necessariamente a força do vento."

Cerca de 1,6 milhão de pessoas vivem em Manhattan, a principal região de Nova York, e 6,8 milhões nas outras quatro áreas da cidade (Queens, Bronx, Brooklyn e Staten Island).

Na sexta-feira, autoridades da cidade ordenaram a retirada de 370 mil moradores, principalmente os que vivem em áreas baixas. O governo afirma que cem abrigos terão capacidade para receber 71 mil pessoas, e disse esperar que a maior parte dos afetados passe o fim de semana com amigos e familiares.

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Ao meio dia deste sábado (13h no horário de Brasília), todo o sistema de transporte público da cidade – metrô, ônibus e trens que atendem cerca de cinco milhões de pessoas em um dia útil - foi fechado.

A medida nunca tinha sido tomada por causa de questões climáticas, apenas durante uma greve de funcionários em 2005 e após os ataques do 11 de Setembro de 2001.

Além disso, pousos domésticos e internacionais estão proibidos em todos os cinco aeroportos da região de Nova York. Três deles – John F. Kennedy, La Guardian e Newark – estão entre os mais movimentados dos EUA. No Brasil, a TAM anunciou o cancelamento de oito voos entre São Paulo e NY.

Cerca de 8,3 mil voos foram cancelados em todos o país por grandes companhias como a United e a Delta, que se recusaram a informar quantos passageiros serão afetados.

A empresa de ônibus Greyhound também suspendeu serviços entre Richmonf, Virgínia e Boston, enquanto a companhia de trens Amtrak reduziu o número de viagens em vários locais e cancelou as que ligam Washington a Boston.

Pontos turísticos

De acordo com meteorologistas, a passagem do furacão por Nova York pode causar danos a prédios, derrubar árvores e causar enchentes em ruas da área sul da cidade.

Vários pontos turísticos da cidade estão localizados nas áreas para as quais ordens de evacuação estão em vigor. É o caso da região de Battery Park City, em Manhattan, onde centenas de turistas pegam barcos que os levam para a Estátua da Liberdade.

Na região do Marco Zero, onde ficavam as torres do World Trade Center, trabalhadores protegeram os equipamentos que estão sendo usados nas obras de reconstrução. Bloomberg garantiu que o furacão não impedirá que um memorial em homenagem às vítimas dos ataques do 11 de Setembro seja inaugurado no próximo mês, quando os ataques completarem dez anos.

O prefeito de Nova York foi duramente criticado no final do ano passado quando uma forte nevasca atingiu a cidade e pareceu pegar as autoridades de surpresa. Trens, ônibus e ambulâncias ficaram presos na neve e as ruas fechadas por dias. Na época, o próprio Bloomberg disse que a resposta à crise foi “inadequada e inaceitável”.

Chegada à Carolina do Norte

O furacão Irene, que deixou pelo menos seis mortos durante sua passagem pelo Caribe, tocou a terra da Carolina do Norte com ventos de 140 km/h. O centro do furacão foi registrado na região de Cap Lookout, no sul da ilha de Outer Banks

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