A primeira ave foi uma aracuã (Ortalis Canicollis), capturada próxima à Cooperativa dos Pescadores, no centro. O animal foi entregue ao Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), onde receberá os cuidados, e, posteriormente, voltará ao seu habitat.
A segunda ave foi um pinguim de magalhães (Spheniscus Magellanicus), capturada próximo na Praia das Pitangueiras, no centro da cidade. Essa ave marinha foi encaminhada para o Pat Ecosmar, situado na orla norte de Porto Seguro.
Pinguim-de-magalhães
O pinguim-de-magalhães é um pingüim sul-americano, característico de águas temperadas. A espécie habita em zonas costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas, migrando por vezes até ao Brasil no Oceano Atlântico. De médio porte, com cerca de 70 centímetros de comprimento, de 5 a 6 kg de peso. A sua plumagem é negra nas costas e as asas branca na zona ventral e no pescoço. A maior parte dos exemplares tem na cabeça uma risca branca, que passa por cima das sobrancelhas, contorna as orelhas e se une no pescoço, e uma risca negra e fina na barriga em forma de ferradura, já os olhos, bico e patas são negros.
Como todos os membros da sua ordem, o pinguim-de-magalhães alimenta-se no mar, à base de peixe, lulas, krill e outros crustáceos. Eles saem para caçar em pequenos bandos de 5 a 10 elementos e podem mergulhar até aos 90 metros de profundidade. Ele vive e reproduz-se em colônias muito populosas que partilham com outras espécies de pinguim, em particular com o pinguim-saltador-da-rocha nas Ilhas Malvinas. Durante a época de reprodução, que vai de setembro a fevereiro, os pinguins-de-magalhães formam casais monogâmicos que partilham a incubação e cuidados parentais.
Aracuã
Pesa cerca de 620g e mede de 43 a 48cm e tem o corpo inteiro marrom. As fêmeas com manchas brancas em todo o pescoço e machos com um “colar” branco-amarelado. Vocalizam apenas quando estão na época de Reprodução, podendo também vocalizar quando em perigo.
alimenta-se de frutas, folhas, brotos, grãos e insetos. Vivem em matas fechadas, podendo invadir áreas com plantações grandes, nem sempre em bando. O par faz seu ninho em mata fechada, às vezes no alto das árvores ou em ramos sobre a água ou ainda em troncos caídos; aproveitam também ninhos abandonados de aves diferentes. Põe de 2 a 3 ovos, que são incubados de 25 a 30 dias. Voam apenas quando necessário, sempre o casal, emitindo um barulho com as asas, uma ave muito caçada por moradores, pois possui uma quantidade “satisfatória” para famílias.
Verônica Menezes
Fotos: Divulgação
Assessoria de Imprensa – Prefeitura de Porto Seguro
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