Maria era menina
Fina flor da criação
No deserto
Procurava frutos da sua imaginação.
Brincava com duas pombinhas
E lhes falava do seu coração
Cantava cantigas de amor ao Deus do coração
Os passarinhos olhavam cheios de admiração
de onde viera tamanha inspiração
Olhavam ao céu e diziam
É o Pai, o Rei da criação
Que fizera em seu coração
Tamanho altar de devoção
Nem os rios se calavam
E derramavam amores pelo chão, onde ela pisava.
Fora consagrada ao altar
E lá ouvia cheia de espanto
Palavras de amor
Vindas do alto.
Apaixonou-se
Perdida em seus devaneios
Lembrou-se de Deus
Mas seus seios cresciam
Sua luz crescia
Seu amor também
Seu corpo também
Sua inteligência também
Ouvia-se sempre
Ela respondendo alguém
Diziam que falava porque estava contente
Assim falava como que os peixinhos escutam e pulam de alegria do mar para alcançar o céu.
Respondia a todos com admirável locução
Não respondia ao demônio.
Filho da criação
Porque a ela fora-lhe dada à conversão.
Chegou o tempo de deixar o templo
Onde fora elevada á condição de virgem imaculada.
Bastou de lá sair
Cheia de gratidão
Encontrou-se sem menstruação
E elevação
O criador criara-se em si mesmo dentro dela
Houve confusão
Devia-se manter a tradição
Romperam-se os grilhões
Houve abominação
Diziam os anciões
Cordeiro de Deus havia nascido
Dentro de tamanha visão
De anjos, reis, profetas
Ela guardava tudo em sua imaginação
E falando pro seu coração, perguntava: Eu?
Só que Jesus ria e pulava dentro de seu ventre
Rindo alegremente da sua confusão.
O Pai a tudo via e ouvia.
Jesus ria e guardava em suas mãos
Milhões de beijos da criação
Milagres do seu amor
Como poderia tamanha luz, vida, condição cósmica, humana
Habitar dentro desse corpinho
Franzino e pequeno
Cheio de interrogações
Admirável como era
Não regia ao mistério da luz
Achou por bem calar-se diante de tanta admiração
E mestria do mestre da criação
Rolou com seu coração aflito
Para lá e para cá
O tempo todo em que esse menino, habitava dentro de si mesma
E isso foi assim e é até ao dia de hoje
Corresponde á Maria a preocupação sincera com seu filho, Jesus.
Só que ele como todo filho
Cada dia aprontava alguma diante de todos
Os cabelos de Maria riam de admiração e de medo
Que farei eu
Que direi eu
Aí ! Aí ! Meu Deus
Será que sou digna mesmo
Todo dia ouvia seu coração palpitar
Até que um dia esse coração chorou
De alegria e dor ao mesmo tempo
Ela não sabia e nem poderia explicar tamanha alucinação
Dor, fratricida
Que mais seria?
Ela só saberia no dia da sua ascensão aos céus
Ela só saberia quando o Espírito Santo a veria dentro do seu coração
Não sei se vocês sabem? foi ela, quem deu um Coração Humano, ao Espírito Santo, para nela habitar.
Por isso ela podia ir ao céu e voltar
Assim como caminhava quando era menina com as duas pombinhas que a acompanhavam no deserto.
Quando ela ia pegar frutas, flores e mel
Que diga Deus que estas palavras estão certas e cheias de alegria e gratidão, pelo amor no coração
Que todos os dias Deus põem em nós e na criação
Obrigado
E que tudo isso seja motivo de alegria, inspiração, devoção, Amor á si mesmo, e à humanidade.

Atenciosamente.
Dr Cesar de Porto Seguro – Bahia.





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