Davi, tranquilo no colo da mãe, passando pelo teste. |
Porto Seguro foi o primeiro município da microrregião a ofertar, pelo SUS, o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas, conhecido por Teste da Orelhinha. Mesmo antes de se tornar obrigatória a oferta gratuita deste serviço em hospitais e maternidades do país, por meio da Lei Federal nº 12.303/2010, Porto Seguro já disponibilizava vagas para o exame, atendendo, inclusive, moradores de municípios vizinhos. Assim, desde 2009, realiza pelo SUS, esse teste tão importante na prevenção de problemas de audição.
O exame é indicado por instituições do mundo todo, por ser capaz de detectar precocemente possíveis perdas auditivas. Em Porto Seguro, o atendimento é feito clínica credenciada. Os pais de recém-nascidos devem passar pela unidade de saúde mais perto de casa para pegar o encaminhamento e levar o bebê à clínica.
Foi assim com o pequeno Davi, que fez o teste da orelhinha aos 20 dias de nascido. O bom resultado deixou os pais felizes: “É necessário fazer o exame, para saber se está tudo bem com a audição dele. E, graças a Deus, está”, disse a mãe Daiane de Jesus, que amamentava tranquilamente na hora do exame.
Para o menino Gilber, um bebê com 15 dias de nascido, o resultado mostrou necessidade de retorno até o fim do mês. “Ele pode estar com alguma secreção no ouvido que impeça, neste momento, um resultado satisfatório”, afirmou a Fonoaudióloga Namir Siqueira, que realiza os testes.
Como é realizado o teste?
O teste da orelhinha não dói e é feito de maneira bem simples, com atendimento rápido e individualizado. Pode ser feito com a criança mamando e até mesmo dormindo. Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno (eco), sendo registrado no computador se as partes internas da orelha (região da cóclea) estão funcionando. Quando houver suspeita de deficiência auditiva, a criança será encaminhada para avaliações mais detalhadas. Em alguns casos, quando há perdas severas ou profundas é indicado o implante coclear (dispositivo para estimulação elétrica direta das fibras do nervo auditivo por eletrodos que favorecem a audição).
De acordo com a fonoaudióloga Namir, este procedimento, deve ser realizado em crianças até 2 anos e meio, pois após esse período, a ossificação da cóclea torna difícil o implante. Daí a importância da detecção precoce: além de possibilitar o recurso necessário para estimular a audição, favorece também o desenvolvimento da linguagem da criança. Todo esse serviço é prestado pelo SUS.
Incidência de casos
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as deficiências auditivas são as patologias mais encontradas no período neonatal, se comparada a outras doenças rastreadas no nascimento, como anemia falciforme e hipotireoidismo. A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia afirma que a deficiência auditiva pode trazer consequências desagradáveis e desnecessárias para o desenvolvimento da criança, comprometendo a comunicação e a linguagem, causando impactos na escolarização e na fase adulta, na inserção no mercado de trabalho.
Alexandra Soares
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Saúde de Porto Seguro
Autorizado por Cyntia Farabotti
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