CINEMA - Ao ser convidado a escrever pela minha adorável amiga e chefe Bebel Magalhães, fiquei extremamente contente, iria escrever sobre a cultura e claro com um enfoque regional. Elegi esse caminho, já que a região é vasta e a área de cultura possui inúmeros agentes e vertentes, e queria explorar isso, talvez provocar algo. Ok... a questão era. Qual seria o primeiro artigo? Fiquei pensando em alguns temas como: Empreendedorismo Cultural, Economia Criativa e etc... Atualmente já escrevo uma coluna no Jornal O Povo, e lá já pude abordar diversos temas culturais. Pois bem, depois de algum tempo tive a ideia de um artigo da estreia: A Necessidade da união dos agentes culturais, mas quando num blog, li sobre os 40 anos do O Poderoso Chefão.
É, tentei... tentei... mas não deu. Acabei com o assunto na mente para escrever. Para alguém que leu o livro, viu os filmes um numero incontável de vezes, tem a trilha sonora, resumindo... Sou fã do filme, não é fácil, não escrever sobre o tema. Não que eu goste de mafiosos. Não gosto, mas o filme em si, não é sobre mafiosos e sim sobre a família. Don Vito Corleone é um homem que antes de cuidar dos “negócios” da família, ele cuida da família. Em uma das cenas do filme Don Vito diz: Um Homem que não se dedica à família nunca será um homem de verdade. Soma-se a essa frase e todas as demais cenas aonde o foco sobre os cuidados com a família. Outro detalhe interessante sobre a família é que o diretor Francis Ford Coppola ter utilizado membros de sua família em todos os filmes da saga. O maestro responsável pela regência da trilha sonora inesquecível (criada por Nino Rota) é Carmine Coppola, pai de Francis, por sinal, ele aparece na cena do casamento tocando piano. Talia Shire (irmã de Coppola) interpreta Connie Corleone. A filha, Sofia Coppola é menina que está sendo batizada. A mãe do diretor aparece como figurante em diversas cenas, bem como os outros filhos e primos do cineasta. Como o cineasta disse: Um filme sobre famílias deve ser feito por uma.
O Poderoso Chefão é um ícone da indústria cinematográfica e nesses 40 anos, não perdeu o seu vigor. O Poderoso Chefão, além de ser artisticamente impecável e socialmente influente, continua sendo o mais pontuado na bíblia 'on line' do cinema, o site Internet Movie Data Base (www.imdb.com), e se transformou rentabilíssimo economicamente. A força do filme, de seus personagens e texto é tão grande que O Poderoso Chefão conseguiu em pouco tempo tonar-se um ícone ou para alguns É praticamente uma bíblia, com lições para toda a vida. Não estou querendo ser um herege ou blasfemador comparando as santas escrituras ao primoroso texto de Mario Puzo. Diante de mim tal coisa. Mas lendo o livro e o roteiro. Acabamos por ter várias lições para o nosso dia a dia.
E isso não é apenas uma coisa que digo, porque eu quero. Nada disso... O Poderoso Chefão já fui utilizado por Marqueteiros e Administradores para tratar sobre a reciprocidade. A cena de abertura do filme é nada menos que um retrato primoroso da reciprocidade em ação. É o dia do casamento da filha de Don Corleone. Bonasera, imigrante italiano, um agente funerário, vem lhe pedir um favor-ele quer vingar uma agressão e tentativa de estupro contra sua filha, que foi espancada pelo namorado e um outro jovem. A reciprocidade é um instinto profundo, é a moeda básica da vida social. Bonasera usa-o para comprar vingança, que é ,em si, uma forma de reciprocidade. Corleone usa-a para manipular Bonasera fazendo-o juntar-se à família Corleone.
Até mesmo Hollywood já se serviu de O Poderoso Chefão em seus filmes. Me recordo de um em que não foi um e sim em vários momentos do filme, a Saga de Don Vito Corleone é citada. You’ve Got Mail (Mensagem Para Você), uma deliciosa comédia romântica do final dos anos 90. Aonde o Personagem de Tom Hanks (Joe Fox) em muitos momentos cita frases de Don Corleone.
Francis Ford Coppola e Marlon Brando. A união de um inexperiente diretor e um suposto ator em final de carreira. Cravam seus nomes da história da cinematografia, como responsáveis por uma obra prima, embalada pelas belas canções italianas de Nino Rota. Coppola, constrói um sucesso a partir do nada e com muita força de vontade e superação.
A mim, o filme marca e influencia por vários fatores, direção, interpretações fantásticas e etc... Basicamente eu citaria o filme inteiro, mas uma coisa é especial e extremamente importante. Uma simples frase, entretanto poderosa. “A amizade é tudo. A amizade é mais do que talento. É mais do que governo. É quase igual à família.”
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