A dor e a beleza da cultura nordestina sempre foram fonte de inspiração para Adelmario Coelho compor suas canções, que trazem detalhes de uma história que ele mesmo viveu até sair da sua terra natal, a pequena Barro Vermelho, embrenhada no sertão, quase na divisa da Bahia com Pernambuco. Anos depois e já consagrado como o forrozeiro do Brasil, Adelmario vê mais uma vez as origens e histórias do seu povo retratados no livro Adelmario Coelho e a Cultura Nordestina.
A obra escrita por seu filho, William Coelho, em parceria com J. Antônio Nunes Cerqueira também são retratadas detalhes de festas populares do nordeste como a corrida de argolinha, as vaquejadas, as quadrilhas juninas e, principalmente, as festas religiosas. “Penso nesse como um trabalho de registro e valorização da cultura do nosso povo, que possui poucos recursos, mas é muito rico em cultura e fé”, conclui o cantor.
A publicação conta também com um audiobook, narrado pelo próprio artista, com participações das atrizes Maria Janaina, Iasmim Motta e do ator Pisit Mota, além dos músicos Júlio Caldas, Eugênio Cerqueira e Marquinhos Café. No livro também aparecem histórias do sertanejo, suas festas e, principalmente, luta por uma vida melhor.
“O papel de Adelmário nessa proposta é ser o condutor das reflexões sobre a cultura nordestina, a partir da sua própria experiência de vida, apresentando os costumes e a tradição do povo, as mudanças no comportamento ao longo do processo histórico do Nordeste”, explica William Coelho.
O livro foi patrocinado através de recursos captados por lei de incentivo, com tiragem de três mil exemplares, sendo que mil exemplares vão ser distribuídos em bibliotecas públicas de todo o país.
“Esse é um trabalho que, assim como minha música, está totalmente voltado para a valorização da cultura popular nordestina. Fiquei muito feliz e emocionado em ver meu filho dando continuidade a minha luta com a ideia deste livro e espero poder usar meu nome e influência para disseminar esse amor pela cultura do sertão por todo o país”, afirma Adelmário.
O forrozeiro se diz satisfeito com o resultado do trabalho. “Sinto-me imensamente feliz em poder ser integrante dessa belíssima obra que retrata a cultura nordestina e como isto influenciou e ainda influencia minha carreira”, disse, enfatizando que, espera que este livro traga uma conscientização para que a nova geração nordestina não se envergonhe de sua história, de suas origens e antepassados. “A cultura do nosso povo é linda e rica, cheia de mitos, superstições e tradições, e precisa ser valorizada”, afirma.
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