O brasileiro é um povo extremamente musical. Essa é uma afirmação é que unanime, mas nem todos sabem exatamente o motivo, arriscam uma ou outra resposta mas sem muita convicção. A resposta é simples: O Português que falamos aqui é recheado de vogais e isso cria a tal musicalidade, bem diferente de outros idiomas. Outro detalhe interessante é que também somos um povo que vive dançando. Ivaldo Bertazo, um dos maiores coreógrafos brasileiros, afirma que todos nós somos cidadãos dançantes.
Se somos um país musical... se somos cidadãos dançantes, por que afinal de contas não somos um dos maiores produtores de musicas? Essa é uma questão que me intriga. De certo alguns dirão: mas que graça tem musicais, afinal, eles estão foram da realidade, já que ninguém começa a cantar do meio do nada. Bem essa pode ser uma resposta. Mas. Musical é mais do que simplesmente cantar no nada como se todos fossem um bando de loucos.
O teatro musical é uma forma de teatro que combina música, canções, dança, e diálogos falados. Seus limites, por um lado pela sua ligação musical, a ópera. por outro pelo cabaré. Os três apresentam estilos diferentes, mas seus limites muitas vezes são difíceis de conceituar. Existem três componentes para um musical: a música, interpretação teatral e a história, mas isso são apenas detalhes técnicos.
O importante é que já algum tempo os musicais voltaram a aparecer no cenário teatral brasileiro, sim voltaram. Os musicais já foram montados antes, no final do século XIX tem a sua origem. Depois passamos a fazer um musical mais brasileiro, nascendo ai o nosso Teatro de Revista que segue evoluindo na primeira parte do século XX, com uma concepção bem própria. Já nos anos 60, temos a apresentação do musical Minha Querida Dama (My Fair Lady) com Bibi Ferreira interpretando e encantando no papel de Eliza Doolittle, espetáculo este que marca o inicio da apresentação dos grandes musicais americanos e europeus. No final dos anos 60, na montagem de Morte e Vida Severina, em São Paulo, o jovem Chico Buarque faz a musicalização dos poemas de João Cabral de Melo Neto, o que muitos acreditam ser a ressurreição do musical brasileiro. O mesmo Chico seria responsável por outras obras “Roda Viva”, “Gota D'água”, “Ópera do Malandro”, “O Grande Circo Místico” e “Os Saltimbancos” (este ultimo um musical infantil) todas importantíssimas para a retomada dos musicais brasileiros, contudo, sem o gênero ainda ser levado a sério.
Durante os anos 80, alguns projetos um tanto quanto desacreditados foram aos poucos, contudo sem maior brilho, sendo que nos final dos anos 90, no Rio de Janeiro, dois aficionados por musicais iniciam a produção do que acreditava-se ser mais um espetáculo musical desacreditado “As Malvadas” Com um repertório que ia de George Gershwin a Roberto Carlos, passando por Sondheim, Kurt Weill e Rodgers & Hammerstein. O musical da dupla Claudio Botelho e Charles Möeller que estreará num teatro de menos de 100 lugares, faz enorme sucesso. Dando folego aos mesmo montarem em seguida “O Abre Alas“ sobre a vida e a obra de Chiquinha Gonzaga, mais uma vez, novo sucesso e desde então a dupla monta sucesso atrás de sucesso, basicamente incendiando o cenário até então do natimorto do teatro musical no Brasil.
Desde então o teatro musical não para de crescer ganhando folego e mostrando que trata-se mais do que uma febre do gênero, e que creio eu ainda está longe de chegar nos 40º graus. Afinal, com a indicação e premiação de musicais ao Prêmio Shell (o maior premio de teatro brasileiro). acompanham progressivos sucessos de bilheteria algo quase inacreditável: o reconhecimento da crítica. Os musicais caíram de vez no gosto brasileiro.
Os musicais cresceram nos últimos dez anos, tanto com criações brasileiras como com réplicas idênticas às produções da Broadway e East London, como é o caso das montagens "O Fantasma da Ópera", "Miss Saigon", "Mamma Mia!" e, "A Família Addams". O musical além de ser um espetáculo riquíssimo, afinal, não é qualquer um que pode cantar, dançar e interpretar no palco. Ainda há a questão da mão de obra, utilizando um número muito maior de mão de obra (atores, bailarinos e técnicos) do que montagens normais. O bom é que o musical não é uma coisa de distante de capital. Em dezembro passado o musical chegou a Região, com a montagem de “Casos e Acontecidos de um Cabra da Peste” no Centro de Cultura de Porto Seguro. Estamos caminhando, mas ainda não somos grandes no teatro musical. Mas potencial e musicalidade, isso com certeza não nos falta.
Se somos um país musical... se somos cidadãos dançantes, por que afinal de contas não somos um dos maiores produtores de musicas? Essa é uma questão que me intriga. De certo alguns dirão: mas que graça tem musicais, afinal, eles estão foram da realidade, já que ninguém começa a cantar do meio do nada. Bem essa pode ser uma resposta. Mas. Musical é mais do que simplesmente cantar no nada como se todos fossem um bando de loucos.
O teatro musical é uma forma de teatro que combina música, canções, dança, e diálogos falados. Seus limites, por um lado pela sua ligação musical, a ópera. por outro pelo cabaré. Os três apresentam estilos diferentes, mas seus limites muitas vezes são difíceis de conceituar. Existem três componentes para um musical: a música, interpretação teatral e a história, mas isso são apenas detalhes técnicos.
O importante é que já algum tempo os musicais voltaram a aparecer no cenário teatral brasileiro, sim voltaram. Os musicais já foram montados antes, no final do século XIX tem a sua origem. Depois passamos a fazer um musical mais brasileiro, nascendo ai o nosso Teatro de Revista que segue evoluindo na primeira parte do século XX, com uma concepção bem própria. Já nos anos 60, temos a apresentação do musical Minha Querida Dama (My Fair Lady) com Bibi Ferreira interpretando e encantando no papel de Eliza Doolittle, espetáculo este que marca o inicio da apresentação dos grandes musicais americanos e europeus. No final dos anos 60, na montagem de Morte e Vida Severina, em São Paulo, o jovem Chico Buarque faz a musicalização dos poemas de João Cabral de Melo Neto, o que muitos acreditam ser a ressurreição do musical brasileiro. O mesmo Chico seria responsável por outras obras “Roda Viva”, “Gota D'água”, “Ópera do Malandro”, “O Grande Circo Místico” e “Os Saltimbancos” (este ultimo um musical infantil) todas importantíssimas para a retomada dos musicais brasileiros, contudo, sem o gênero ainda ser levado a sério.
Durante os anos 80, alguns projetos um tanto quanto desacreditados foram aos poucos, contudo sem maior brilho, sendo que nos final dos anos 90, no Rio de Janeiro, dois aficionados por musicais iniciam a produção do que acreditava-se ser mais um espetáculo musical desacreditado “As Malvadas” Com um repertório que ia de George Gershwin a Roberto Carlos, passando por Sondheim, Kurt Weill e Rodgers & Hammerstein. O musical da dupla Claudio Botelho e Charles Möeller que estreará num teatro de menos de 100 lugares, faz enorme sucesso. Dando folego aos mesmo montarem em seguida “O Abre Alas“ sobre a vida e a obra de Chiquinha Gonzaga, mais uma vez, novo sucesso e desde então a dupla monta sucesso atrás de sucesso, basicamente incendiando o cenário até então do natimorto do teatro musical no Brasil.
Desde então o teatro musical não para de crescer ganhando folego e mostrando que trata-se mais do que uma febre do gênero, e que creio eu ainda está longe de chegar nos 40º graus. Afinal, com a indicação e premiação de musicais ao Prêmio Shell (o maior premio de teatro brasileiro). acompanham progressivos sucessos de bilheteria algo quase inacreditável: o reconhecimento da crítica. Os musicais caíram de vez no gosto brasileiro.
Os musicais cresceram nos últimos dez anos, tanto com criações brasileiras como com réplicas idênticas às produções da Broadway e East London, como é o caso das montagens "O Fantasma da Ópera", "Miss Saigon", "Mamma Mia!" e, "A Família Addams". O musical além de ser um espetáculo riquíssimo, afinal, não é qualquer um que pode cantar, dançar e interpretar no palco. Ainda há a questão da mão de obra, utilizando um número muito maior de mão de obra (atores, bailarinos e técnicos) do que montagens normais. O bom é que o musical não é uma coisa de distante de capital. Em dezembro passado o musical chegou a Região, com a montagem de “Casos e Acontecidos de um Cabra da Peste” no Centro de Cultura de Porto Seguro. Estamos caminhando, mas ainda não somos grandes no teatro musical. Mas potencial e musicalidade, isso com certeza não nos falta.
0 comentários :
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.