Neste trabalho não procurarei falar para todos vocês o que já sabem, a respeito do comércio de armas.
Farei um estudo – debate, com vocês através da internet, simulando um contrato de venda e compra de armas entre mim, suposto vendedor e vocês supostos compradores.
Imaginaremos o que existe numa realidade dessas, completamente alheia á nossa vida cotidiana e aos nossos objetivos de luta e paz, de amor e de nossas maiores obras humanísticas que dizem não à qualquer tipo de guerra.
Porém não somos alheios ao enfrentamento de nossas qualidades interiores para a construção definitiva de um mundo melhor. Do qual ainda não somos exemplos e não fazemos parte. Porque uma grande parte da humanidade vive de armas na cintura e vive das guerras, e do comércio de armas.
Como se isso fosse uma coisa muito normal. E até elogiável porque enriquece o PIB nacional e muitas pessoas.
Então imaginaremos que eu irei vender armas de guerra, armas convencionais, armas não convencionais, e tecnologia nuclear, para qualquer finalidade.
Construiremos então um Contrato de Risco, de compra e venda de armas, para qualquer pessoa, país, nação ou grupo armado.
Não nos importando a finalidade e o destino do uso dessas máquinas de guerra. E nesse contrato nos comprometeremos a treinar homens para manipular e executar com mestria essas armas e esses equipamentos.
A venda de tecnologia nuclear também fará parte deste contrato, já que vendemos de tudo, para qualquer tipo de grupo, país ou atividades, não nos importando o menor cunho ético e moral de qualquer uso indiscriminado dessas armas ou equipamentos. O que nos interessa são os petro - dólares e os barris de petróleo. Que será nossa moeda corrente de compra e venda. Convenhamos que já iniciaremos a construção de nosso contrato, em bases fictícias, porque nunca poderemos nos aproximar duma realidade dessas que ultrapassa qualquer de nossas compreensões e crédito. Vejamos assim; somos homens e mulheres de bem, que querem um mundo melhor para todos e que, o uso dessas fortunas incalculáveis para nós, de vidas e materiais, ainda indispensáveis o são para a construção de um mundo melhor para toda a humanidade, e não somente para algumas pessoas que não pagam com a vida e a pobreza e a doença e as misérias, de nossas vidas mal vividas.
Graciliano Ramos escreveu “Vidas Secas”, de secas vidas, das secas do sertão nordestino, que ainda vitimam milhares de animais e pessoas, homens, mulheres e crianças. Nós temos aqui também os comerciantes das secas do nordeste.
Então o Nosso Contrato começa com um Não.
1) Não venderemos armas de qualquer país e para qualquer país, nação, grupo, ou facção étnica, política, religiosa ou de interesse de grupos financeiros, que manipulam a vida e a liberdade de qualquer pessoa idônea.
2) Não seremos intermediários do capitalismo, dos petro dólares e dos barris de petróleo que mantém poluição, desastres ecológicos, uma economia monoprodutiva, monocultural e extrativista, atrelando a economia mundial para as suas necessidades imediatas, que é a produção e a exploração do petróleo em detrimento das outras culturas, produções e criações de energias limpas e recicláveis e muito mais baratas e muito menos poluidoras. Porém muito mais produtivas ao bem estar e á saúde da humanidade, do planeta e dos ecosistemas.
3) Não enriqueceremos ilicitamente grupos terroristas, não os adestraremos e ensinaremos a matarem gente com armas em prol de suas causas populares, enquanto prejudicarem a humanidade como um todo.
4) Não concordamos em manipularem bancos, pessoas, contas, bolsa de valores, cartões de créditos, e tudo o mais que vive em conta e em conseqüência do capitalismo estrangeiro e alienante das culturas regionais e dos valores humanos locais e naturais, como a natureza e os homens da ciência e do campo que nutrem em si métodos de sobrevivência da espécie humana sobre o planeta.
5) Não financiaremos compras e vendas de armas para pesquisas que não sejam contra a degradação do planeta, a luta contra o câncer e a poluição e destruição dos ecosistemas naturais.
6) Somos absolutamente contra o uso da energia atômica, poluidora e degradadora da vida humana, e suas pesquisas, e suas conseqüências como a da guerra das estrelas e dos satélites com energia a laser e de nêutrons. Que destroem em segundos materiais, vidas humanas e ecosistemas. Por isso não vendemos mais essas armas e essas tecnologias para ninguém.
7) Somos contra o uso e abuso de agentes de companhias de espionagem, industrial, econômica, política, cultural, do tipo que eliminam as pessoas que não fazem parte dos esquemas financeiros ou das guerras frias ou de sangue. E agentes brutais de morte, desaparecimento e violência contra as pessoas inocentes e contra o sistema vigente de monopólio da economia, da política e da produtividade.
8) Somos contra e não vendemos armas para ditadores e pessoas que manobram a liberdade, as leis, e a constituição de um país que usem e abusem da liberdade dos outros países.
9) Não vendemos armas para países que invadem as terras, e os países alheios, quando foram eles mesmos quem armaram, equiparam e treinaram seus líderes que agora se voltam contra o povo e contra a democracia já que aprenderam a não respeitarem as manobras econômicas, políticas e sociais desses países democráticos, superprotetores e manipuladores.
10) Transformaremos todas as máquinas e homens de guerra em patriotas das manobras contra a pobreza, a falta de higiene, contra a poluição, contra o lixo, contra o supérfluo, contra a falta de esgoto, contra a falta de saneamento, contra as secas, contra as fomes, contra as guerras, contra o analfabetismo, contra a violência, contra a fraude nos governos, contra as doenças.
Esses são os dez itens básicos de nosso programa de saneamento e transformação da máquina de guerra e das armas em tratores e equipamentos de saúde, contra a pobreza, e a miséria, contra as secas e a fome do mundo, contra as doenças e as depressões humanas e do sistema financeiro vigente no mundo que de tempos em tempos declaram moratórias. Por isso nunca nos libertaremos das doenças, da pobreza e das misérias, enquanto o homem portar em seu cinto uma arma, e em suas cabeças o poder destrutivo de milhares de dólares e megatons e de milhares de nêutrons em suas máquinas mortíferas de ódio que nutrem por essa mesma humanidade; da qual fazem uma pequena parte.
Dr Cesar de Porto Seguro.
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