O Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes de Porto Seguro (Sinthothesb) vem pugnando por melhores remunerações aos funcionários da rede hoteleira do município, tendo em vista que, segundo o sindicato, os salários estão defasados e num patamar inferior o que percebem comerciários e empregados domésticos e da construção civil.

A aprovação do piso salarial por função é o principal pleito da entidade, que afirma estar em processo de negociação com o sindicato patronal, o Sindhesul. “Queremos encontrar uma saída para que os trabalhadores não fiquem muito tempo sem um ganho real, que tenham seus vencimentos reajustados de acordo com o índice inflacionário. Por isso, lutamos pelo piso”, declara Reginaldo Menezes, coordenador geral do Sinthothesb.

“A realidade da categoria em Porto Seguro fica aquém da importância da cidade nos mercados turístico nacional e internacional. Apesar dos efeitos da baixa temporada, o fluxo de turistas não vem caindo, portanto isso não é justificativa para negar aos trabalhadores salários justos”, considera o sindicalista, ressaltando que os empresários da hotelaria alegam que estão “quebrados” para não atender as reivindicações do sindicato. “Chegam a dizer que os seus empregados estão ganhando muito bem, mas isso não é verdade. Levando em conta a carga horária, um empregado no comércio trabalha de segunda a sábado, enquanto o funcionário de um hotel, muitas vezes, trabalha de domingo a domingo. A responsabilidade é grande, assim como a pressão que ele sofre para atender satisfatoriamente o turista durante todos os dias da sua estadia”, afirma.

Reginaldo informa que camareiras, auxiliares de serviços gerais e jardineiros ganham salário mínimo, assim como trabalhadores domésticos. “Por isso, requeremos ao Sindhesul a equiparação dos salários e o piso salarial por função”, frisa.

Para Elio Brasil, secretário de Formação do Sinthothesb, uma cidade como Porto Seguro, que pretende sediar eventos da Copa do Mundo de 2014 e para tanto necessita oferecer aos visitantes serviços de excelência, deve primeiramente valorizar a sua mão-de-obra, remunerando-a condignamente. “As negociações com o Sindhesul estão caminhando. Temos nos reunido com a classe patronal e discutido esses assuntos. Não temos ainda como prever o resultado desse diálogo, mas não abriremos mão de lutar pelos direitos dos trabalhadores da hotelaria”, conclui Elio.

Proposta de inicial de plano de cargos e salários

O Sindicato propõe os seguintes valores de acordo com as respectivas funções:

Auxiliar de lavanderia, auxiliar de jardineiro, camareira, caseiro, copeira, garçom de barraca e bar (mais comissão), mensageiro, passadeira, serviços gerais e steward, piso inicial de R$ 680,00 para hotéis de duas a três estrelas e de R$ 775,00 para hotéis de quatro a cinco estrelas.

Agente de portaria, auxiliar de cozinha, barman, garçom de pousada, guarda patrimonial, jardineiro e caixa de cabana, piso de R$ 775,00 e de R$ 825,00 respectivamente.

Auxiliar de manutenção, 2ª cozinheira, 2º confeiteiro, garçom de restaurante de hotéis e gard manger, pisos de R$ 825,00 e de R$900,00.

Almoxarife, chefe de fila, 1º cozinheiro, 1º confeiteiro, motorista, pintor, recepcionista e técnico em manutenção geral, pisos de R$ 950,00 e de R$1.100,00.

Encarregado de departamento pessoal, maitre e secretário executivo, pisos de R$ 1.150,00 e de R$ 1.700.00.

Por Pedro Ivo Rodrigues

Jornalista profissional

(73)8847-0533

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