Música - Dia Nacional do Ensino da Música promete aulas de música gratuitas em todo o País e trará mais de 180 pontos de ensino da música grátis.
Inspirada no 'National Learn to Play Day' ('Dia Nacional para Aprender a Tocar'), do Reino Unido, o Brasil terá sua própria campanha do "Dia Nacional do Ensino da Música".
No Reino Unido, a ação está na segunda edição, tendo ocorrido no último dia 16 de março em todos os países que compõem o Reino, a saber: Inglaterra, Escócia, Irlanda do norte e País de Gales.
Durante os dias 12 e 13 de julho, 184 pontos de ensino, entre escolas de música, lojistas, conservatórios, igrejas e professores particulares, oferecerão gratuitamente aulas de música e workshops para crianças, jovens e adultos.
Mais 180 lugares para aprender
O evento está disponível em vinte Estados brasileiros, em mais de 180 pontos para ter uma aula inicial de música. "Temos desde aulas de musicalização para crianças até workshops para profissionais" comenta Daniel Neves, coordenador da campanha no Brasil e vice presidente da Associação Nacional da Indústria de Instrumentos Musicais e Áudio. Para assistir é só entrar no site www.musictube.com.br ou www.musicaemercado.com.br e ver a programação em seu Estado. Alguns lugares solicitam a doação de 1kg de alimento, destinados à fins sociais.
Musical mas com pouco estudo
A ação do Dia Nacional do Ensino da Música tem como objetivo criar a possibilidade das pessoas terem um maior contato com o instrumento. "Já está mais que provado que fazer música melhora a socialização, memória e a parte lógica", comenta Daniel Neves.
Considerado um dos países mais musicais do mundo, o Brasil, entretanto, está a baixo da média dos países desenvolvidos, como Estados Unidos e outros da União Européia e Japão.
De acordo com a Pesquisa Synovate/Música & Mercado, realizada em 2007, 25% das residências do Brasil possuem algum tipo de instrumento musical. O violão é o mais destacado, com 60% de presença nas residências, seguido por algum tipo de instrumento de teclas, como teclado ou sintetizador.
Apenas como referência, 40% dos estudantes norte Americanos que estão no ensino fundamental estudam música, de acordo com informações copiladas no estudo "Monitorando o Futuro", elaborado pela Universidade de Michigan. Já no Brasil, não há informação precisa ou estudo que revele dados precisos, mas a indústria da música calcula que dos 25% da população que possuem instrumentos em casa, somente 5% está em uso. "Muitos pais evitam dar instrumentos aos filhos", comenta Neves. "Em uma época em que as crianças buscam video games e outras brincadeiras intuitivas, o ensino da música foi deixado de lado. É um erro. A música é uma das melhores formas de trabalhar o desenvolvimento cognitivo, coordenação e ouvido", explica.
Benefícios Educacionais
Cada vez mais se estudos científicos mostram os benefícios de aprender a tocar um instrumento. O mais comum é relacionado ao aprendizado escolar. Estudar e praticar a música aumenta a capacidade dos alunos para aprender. Outra vantagem reconhecida por cientistas sobre o estudo de música são os impactos diretos sobre os resultados dos testes padronizados e aprendizado de novas línguas.
De acordo com os editores da revista americana Scientific American, estudantes do ensino médio com o mínimo de quatro anos de estudo musical, tem uma performance escolar 40% maior do que os alunos que estudaram entre um ano e seis meses. O aprendizado de línguas mais rápido é outro destaque para quem quem estuda música, visto que os alunos aprendem a discernir campo e tempo.
Habilidades para a Vida
Os benefícios para quem estuda música não para por aí. Eles são maiores do que apenas os resultados escolares. Lisa Phillips, autora do livro "The Artistic Edge", escreveu em um artigo para o blog ARTSblog que os estudantes que se inscrevem em programas de música desenvolvem mais confiança, foco e perseverança. Benefícios reais adicionais obtidos com o ensino da música incluem o aumento da resolução de problemas, habilidades dedicação, responsabilidade, colaboração e não-verbal.
Dez razões para tocar um instrumento musical
Pesquisas e estudos científicos comprovaram 10 benefícios que a aprendizagem musical proporciona a seu cérebro e comportamento
Provavelmente você já deve ter pensado que a insistência de seus pais em fazê-lo tocar piano fosse apenas para torturá-lo, não é? Mas, na verdade, era por causa de algo que você ainda não sabia: música – a formação musical em particular – pode realmente melhorar sua memória e outras funções cerebrais, além das habilidades de aprendizagem.Seus pais sabiam que você não tocaria no Carnegie Hall, mas você deve ser grato por todas as aulas de música que eles pagaram, bem antes do vestibular. Aqui vão as 10 razões do porquê a música te deixa mais esperto.
1. Melhora a audição: Aqueles que aprendem a tocar instrumentos têm melhor audição "para todos os tipos de sons, incluindo a fala", segundo o portal LiveScience.com. Essa nova profundidade de audição significa que os músicos são capazes de perceber acentos, padrões de fala e ritmo, e níveis de ruído mais baixos que outras pessoas podem achar difíceis de ouvir.
2. Ajuda a construir conexões neurais: Como o cérebro das crianças ainda está em desenvolvimento, a formação musical pode ajudar a criar fortes conexões neurais, que melhoram as habilidades de raciocínio abstrato e espacial.
?3. Leva à melhoria da memória: Aqueles que recitam e repetem uma música várias vezes reforçam as conexões e redes que melhoram a memória para outros assuntos, pensamentos e ensinamentos.
4. Músicos são capazes de aprender línguas estrangeiras mais rápido: Línguas estrangeiras, como o mandarim que conta com inclinações e sons que podem ter diferentes significados, são ?mais facilmente aprendidas por pessoas que têm pelo menos seis anos de experiência em aprendizado de um instrumento musical, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Northwestern (EUA).
5. Efeito Mozart: Em estudo realizado pela Universidade do Texas, os estudantes universitários que foram expostos à sonata de Mozart para dois pianos, K448, tiveram um aumento no QI espacial, enquanto os estudantes que foram expostos ao completo silêncio, música, dança, leituras de contos, ou um CD de relaxamento não tiveram aumento de QI espacial.
6. Ouvir "pessoalmente” uma música agradável, também tem efeitos positivos: Você não precisa ouvir Mozart para obter benefícios positivos. Ouvir qualquer música que você goste pode melhorar a cognição, de acordo com constatações de um estudo científico de 2006.
7. Ajuda os alunos com dislexia a ter melhor desempenho na escola: As crianças disléxicas têm dificuldade com sons diferentes – incluindo vozes – quando um ambiente fica muito barulhento. Mas a formação musical ajuda o cérebro a processar esses diferentes sons sem ter que fazer um esforço extra. Portanto, os alunos disléxicos seriam capazes de se concentrar e ouvir o professor se eles praticassem música, mesmo que fossem atormentados por distrações.
8. Acelera o desenvolvimento auditivo em crianças: Crianças – de até 10 anos – desenvolvem habilidades de resposta auditiva e de reconhecimento mais rápido do que aquelas que não têm essa formação, colocando-os no mesmo nível que as crianças de um ou dois anos mais velhas.
?9. A música pode "ajustar" o tronco cerebral: O tronco cerebral é a parte do cérebro que controla as funções automáticas, como respiração e batimentos cardíacos, e a música pode realmente mudar a forma como ele funciona. Anteriormente, os cientistas acreditavam que a música só afetava o córtex cerebral, onde o raciocínio e a linguagem são desenvolvidos.
10. A musicoterapia ajuda os pacientes com derrame a se recuperarem: Os doentes com AVC que perderam a capacidade de falar podem se beneficiar da musicoterapia que os desafia a cantar as primeiras palavras. Em alguns casos, o neurocientista da Escola de Medicina de Harvard Gottfried Schlaug descobriu que os pacientes com lesões na parte do cérebro associada com a linguagem poderiam cantar" Parabéns a você ", dizer seus endereços e avisar quando estivessem com sede depois da musicoterapia.
Fonte: Música & Mercado
Texto: Jornalista Ana Lima
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