25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra 



O Dia Internacional da Mulher Negra , além de comemorar a resistência da mulher negra, oferece oportunidade para proposição de ações e discussões dentro e fora de movimentos da sociedade civil, a fim de alavancar o enfrentamento da combinação entre racismo e sexismo (duas formas de discriminação que comumente se desdobram em diversas modalidades de violência).
No século XXI, suas vivências ainda permanecem marcadas por violências que combinam ao racismo, outras formas de discriminações: de gênero, de orientação sexual, de idade ou geração, de classe social, de ter ou não alguma deficiência, entre outras. Em determinados aspectos, a própria sociabilidade de muitas delas se dá violentamente ou em contextos de violência.
Em resposta à violência e à invisibilidade, estas mulheres desenvolveram uma feminilidade guerreira, uma possibilidade de ser mulher diferente da passividade que o pensamento hegemônico espera. Ao organizarem-se em nome das lutas pela transformação social, pelo fim do racismo, do sexismo, da lesbofobia e das diferentes formas de opressão, as mulheres negras denunciam a invisibilidade que as exclui e participam do cenário político de forma íntegra e resistente.

Miriam Silva

Centro de Cultura de Porto Seguro



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