De acordo com o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, as DST são um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Em ambos os sexos, elas tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a aids. No Brasil, segundo as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorrem mais de 5 milhões de novos casos de infecções de transmissão sexual como sífilis, gonorreia, clamídia, herpes genital e HPV a cada ano. Durante o carnaval, em meio aos blocos, diversão, fantasias, bebidas alcoólicas e muita música, há quem acabe se descuidando da proteção durante a relação sexual, o que pode favorecer a aquisição de certos tipos de agentes infecciosos. O infectologista da Diagnoson a+, do Fleury Medicina e Saúde, Celso Granato, tira algumas dúvidas sobre as DST mais comuns.
Curta o carnaval e não descuide da saúde!
Foliões devem ter cuidado redobrado com as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) durante a festa
Confira:
Há inúmeros relatos de infecção pelo Treponema pallidum (sífilis) e pelo herpes simples pelo beijo.
Sim, há. Novamente, há inúmeros relatos de transmissão de sífilis pelo sexo oral, além de herpes simples e do HPV. Mais raramente, mas não menos importante, pode haver infecção pelo HIV.
Embora esse seja um dos maiores mitos da história das doenças sexualmente transmissíveis (DST), não se transmite sífilis, gonorreia, clamídia ou ainda herpes simples dessa forma; entretanto, no caso do HPV existe a possibilidade de transmitir o vírus pelo contato sexual de forma mais genérica, ainda que o ato sexual não seja completo. "Brincadeiras sexuais" que não envolvam o coito propriamente dito podem permitir a infecção pelo HPV (e não pelos outros agentes) ainda que de forma menos eficiente.
Da família papillomaviridae, a espécie papilomavírus humano abrange mais de 200 subtipos. Boa parte produz apenas verrugas, e cerca de 20 a 30 tipos alojam-se na área genital. Dois deles, o HPV-16 e o HPV-18, estão fortemente relacionados ao câncer de colo uterino. A forma mais comum de transmissão é a sexual. Mas os vírus também podem ser encontrados vivos em roupas íntimas, sabonetes, objetos, instrumentos médicos e até nas mãos, o que explica a possibilidade de contrair a doença mesmo em relações sexuais com preservativo. A infecção causa coceira e irritação, na fase inicial, e produz verrugas genitais, que podem trazer desconforto e sangrar. A infecção persistente determina alterações nas células da região, que podem evoluir para lesões que predispõem ao câncer. Existe tratamento para todos os tipos de lesão, que, entretanto, não elimina a presença do vírus. Por outro lado, nem sempre a infecção traz sintomas, por isso é importante manter o acompanhamento ginecológico e urológico periódico.
Sim, devido ao trauma. Como nessas situações a lubrificação é muito menor (e mesmo que haja, no sexo vaginal há outros mecanismos de proteção), o risco de transmissão aumenta.
É possível contrair uma DST pelo beijo?
Há inúmeros relatos de infecção pelo Treponema pallidum (sífilis) e pelo herpes simples pelo beijo.
Há risco de transmissão com a prática de sexo oral?
Sim, há. Novamente, há inúmeros relatos de transmissão de sífilis pelo sexo oral, além de herpes simples e do HPV. Mais raramente, mas não menos importante, pode haver infecção pelo HIV.
É possível pegar aids ou doenças venéreas ao sentar em sanitários públicos, dividindo o mesmo copo, abraçando ou beijando?
Embora esse seja um dos maiores mitos da história das doenças sexualmente transmissíveis (DST), não se transmite sífilis, gonorreia, clamídia ou ainda herpes simples dessa forma; entretanto, no caso do HPV existe a possibilidade de transmitir o vírus pelo contato sexual de forma mais genérica, ainda que o ato sexual não seja completo. "Brincadeiras sexuais" que não envolvam o coito propriamente dito podem permitir a infecção pelo HPV (e não pelos outros agentes) ainda que de forma menos eficiente.
O que é o HPV?
Da família papillomaviridae, a espécie papilomavírus humano abrange mais de 200 subtipos. Boa parte produz apenas verrugas, e cerca de 20 a 30 tipos alojam-se na área genital. Dois deles, o HPV-16 e o HPV-18, estão fortemente relacionados ao câncer de colo uterino. A forma mais comum de transmissão é a sexual. Mas os vírus também podem ser encontrados vivos em roupas íntimas, sabonetes, objetos, instrumentos médicos e até nas mãos, o que explica a possibilidade de contrair a doença mesmo em relações sexuais com preservativo. A infecção causa coceira e irritação, na fase inicial, e produz verrugas genitais, que podem trazer desconforto e sangrar. A infecção persistente determina alterações nas células da região, que podem evoluir para lesões que predispõem ao câncer. Existe tratamento para todos os tipos de lesão, que, entretanto, não elimina a presença do vírus. Por outro lado, nem sempre a infecção traz sintomas, por isso é importante manter o acompanhamento ginecológico e urológico periódico.
Sexo anal amplia o risco de contrair DST?
Sim, devido ao trauma. Como nessas situações a lubrificação é muito menor (e mesmo que haja, no sexo vaginal há outros mecanismos de proteção), o risco de transmissão aumenta.
Herpes só passa quando um dos parceiros está com feridas?
Infelizmente, não. O vírus herpes simples pode ser eliminado na fase entre as crises com feridas (período intercrítico). Por essa razão, o cuidado tem de ser contínuo, ainda que o paciente-fonte não tenha lesões naquele momento.
Uso de preservativo diminui em 100% o risco de contaminação dessas doenças?
Não, mas reduz substancialmente. O uso deve ser fortemente estimulado.
Saiba mais sobre a vacina contra o HPV
A vacina quadrivalente contra o HPV, comercializada no Brasil sob licenciamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é indicada para a população feminina e masculina de 9 a 26 anos, preferencialmente antes do início da vida sexual, porém pode ser feita a qualquer momento nessa faixa etária. Se for prescrita por um médico, pode ser aplicada também em pessoas com mais de 26 anos. O esquema recomendado é composto por três doses. A segunda dose deve ser administrada dois meses após a primeira, e a terceira dose administrada quatro meses após a segunda. Como eventos adversos, podem ser relatados febre e dor, eritema ou edema no local da aplicação, segundo o infectologista. Mais informações podem ser obtidas na entrevista em vídeo do médico Celso Granato acessando http://www.youtube.com/watch?v=gVRcdk8j3og.
Andréia Vitório
a4&holofote comunicação
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