Coral Vivo apresenta ações de conservação marinha a serem realizadas até 2020
Recifes naturais e ambientes coralíneos da costa brasileira serão beneficiados
Nas comemorações dos 14 anos do Projeto Coral Vivo, os coordenadores apresentaram para parceiros, comunidade e autoridades as principais metas para o período entre 2017 e 2020. Elas estão garantidas por meio do novo contrato assinado com a Petrobras para a conservação e uso sustentável dos recifes de coral. O encontro acaba de ser realizado no Arraial d’Ajuda Eco Resort, em Porto Seguro, Sul da Bahia.
Essas metas estão estabelecidas para as áreas de pesquisa, educação, turismo, políticas públicas e sensibilização, incluindo algumas iniciativas do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais). Esse plano tem a coordenação executiva do Coral Vivo e a coordenação geral do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Na área de pesquisas, será realizado o mapeamento biológico do Banco Royal Charlotte, na região dos Abrolhos. “Como há indícios de que ele possa apresentar ambientes coralíneos extensos, os estudos buscarão entender qual é o tipo de formação e avaliar sua importância”, informa a coordenadora geral do Projeto Coral Vivo, a oceanógrafa Flávia Guebert. Além disso, será feita a caracterização da atividade pesqueira na Costa do Descobrimento. Estão incluídas também rodadas de experimentos no Mesocosmo Marinho do Coral Vivo. Trata-se de um sistema alimentado continuamente pela água do mar e que funciona como uma máquina do tempo, avaliando como será o futuro das espécies recifais com o impacto das mudanças climáticas e da poluição nos próximos anos.
O Projeto Coral Vivo irá promover uma capacitação para nivelamento em Educação Ambiental na Rede de Projetos de Biodiversidade Marinha, que inclui os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Tamar. Conhecida como Rede Biomar, ela completou recentemente 10 anos de ações complementares. Para a sociedade, neste triênio, será promovido o Encontro Nacional Jovem Mar em Arraial d’Ajuda.
Já está marcada para o dia 6 de junho de 2018, quando se comemora os 200 anos do primeiro museu e casa de ciência do Brasil, a abertura da Exposição PAN Corais, no Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro. Ainda na área de sensibilização da sociedade, o Projeto Coral Vivo irá promover um campeonato brasileiro de fotos subaquáticas no Parque Natural Municipal do Recife de Fora para apresentar a beleza e a importância do lugar aos grandes fotógrafos sub do país. Serão ainda realizadas diversas outras ações entre 2017 e 2020.
Sobre o Projeto Coral Vivo
Para a conservação e uso sustentável dos ambientes recifais e coralíneos do Brasil, o Projeto Coral Vivo atua em vertentes complementares. Ele nasceu no Museu Nacional/UFRJ e atualmente é realizado por oito universidades e institutos de pesquisa públicos. "A nossa base fica no extremo Sul da Bahia por ser a região de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. Nela, ocorrem praticamente todas as espécies de corais que ocorrem nacosta brasileira, sendo que cerca de 50% são espécies que somente são encontradas no Brasil", explica a coordenadora de Comunicação do Projeto Coral Vivo e professora titular do Museu Nacional/UFRJ, a bióloga Débora Pires. Realizado atualmente pelo Instituto Coral Vivo, o Projeto Coral Vivo é patrocinado pela Petrobras e copatrocinado pelo Arraial d’Ajuda Eco Parque. Uma série de publicações encontra-se disponível no site
www.coralvivo.org.br.