Belmonte é um município brasileiro do estado da Bahia. Localiza-se a uma latitude 15º51'47" sul e a uma longitude 38º52'58" oeste, estando a uma altitude de 8 metros. Sua população estimada em 2004 era de 18.986 habitantes.
Possui uma área de 2016,85 km².
O município foi criado em 1764.
É uma das únicas quatro localidades brasilerias onde pode ser encontrada uma árvore da Mata Atlântica ameaçada de extinção, a Buchenavia hoehneana.[6]
Histórico: Perto da foz do Rio Grande, atual Jequitinhonha, no começo do século XVIII estavam localizadas aldeias dos índios Botocudos, originados das tribos Manham e Camacam, que ali se fixaram. Os Botocudos assim eram denominados por usarem, transpassando o lábio inferior e as orelhas, “batoques” de madeira como adorno, segundo uns ou como distintivo de sua nação ou raça, segundo outros. Apesar de sumamente ferozes, iniciou-se o povoamento da região pelos colonos provenientes de Portugal e de outras partes do país, sob direção de padre Jesuíta Joseph de Araújo Ferraz, presbítero do hábito de São Pedro, que catequizou os Botocudos e estabeleceu a convivência pacífica dos mesmos com os habitantes civilizados. Ali fundou o citado padre uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Madre Deus, entre 1708 e 1712, tomando o arraial o nome de São Pedro do Rio Grande. O padre Ferraz ainda vivia no ano de 1764. Em 1718, foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Carmo pelo Alvará Régio de 11 de abril, sendo seu primeiro vigário o Pe. Ferraz. Foi elevado à categoria de Vila e criado o município em 1764, com a denominação de Vila de Nossa Senhora do Carmo do Belo Monte, ocorrendo sua instalação a 23 de junho de 1765, pelo Ouvidor de Porto Seguro Desembargador da Relação do Porto, Tomé Couceiro de Abreu. Belmonte pertenceu à Capitania de Porto Seguro, cujo primeiro donatário foi Pedro de Campos Tourinho. No fim do século XVIII contava 25 casas sendo governado pelo capitão Inácio de Castro. Quanto à origem do topônimo Belmonte, supõem historiadores haja sido sugerido pelo nome da localidade portuguesa de igual denominação, em face de instruções do governo do Reino dirigidas ao Ouvidor Tomé Couceiro de Abreu e redigidas nos termos seguintes: “Ordena também Sua Magestade que assim naquelas povoações chamadas aldeias que estão já domesticadas, como as que de novo se estabelecerem índios descidos; logo que estes se desceram no competente número, se vão estabelecendo novas Vilas e se vão abolindo nelas os Bárbaros e antigos nomes que tiverem; e se lhes vão impondo outros novos de cidades ou vilas deste reyno”. Todavia o nome Belmonte não preponderou inicialmente aos nomes dos acidentes primitivos, tendo a localidade possuído os nomes seguintes: Vila do Rio Grande de Belmonte; Vila de São Pedro de Belmonte e Vila do Rio Jequitinhonha de Belmonte. A Vila foi elevada à categoria de cidade pelo ato número 386, de 23 de maio de 1891 e inaugurou-se na sessão do dia 27 do mesmo mês e ano. Nas divisões administrativas do Brasil referentes a 1911 e 1933 o município se compunha de dois distritos: Belmonte e Cachoeirinha. Nas divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, como também no quadro anexo do Decreto-lei estadual número 10.724, de 30 de março de 1938, o município divide-se em quatro distritos: Belmonte, Boca do Córrego, Pedra Branca e Mogiquiçaba. Dá-se o mesmo no quadro territorial em vigor no qüinqüênio 1939-1943, estabelecido pelo Decreto-lei estadual número 11.089, de 30 de novembro de 1938, notando-se, entretanto, que o distrito de Pedra Branca passou a denominar-se Itamarati. De acordo com o quadro da divisão judiciário-administrativa do Estado, em vigência no qüinqüênio 1944-1948, fixado pelo Decreto-lei estadual número 141, de 31 de dezembro de 1943, e modificado pelo Decreto estadual número 12.978, 1º de junho de 1944, o município de Belmonte permanece constituído dos mesmos 4 distritos que o formam no quadro vigente no qüinqüênio precedente, verificando-se, todavia, que o distrito de Itamarati mudou novamente de nome, passando a denominar-se Itapebi. Conservou-se idêntica composição no quadro estabelecido pela Lei número 628, de 30 de dezembro de 1953, para vigorar no qüinqüênio 1954-1958.
(Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – IBGE, 1958).
[editar] Praias
* Praia da Barra
* Praia de Barra Nova
* Praia de Mogiquiçaba
* Praia do Mangue Alto
* Praia do Mar Moreno
* Praia do Meio
* Praia do Norte
* Praia do Peso
* Praia do Rio Preto
Referências
1. ↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
2. ↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
3. ↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
4. ↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
5. ↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
6. ↑ IUCN Red List